sexta-feira, 22 de fevereiro de 2019

Maior felino das Américas, a onça-pintada está criticamente ameaçada de extinção na caatinga



A população do maior felino das Américas está caindo. A onça-pintada, um carnívoro que pode chegar a até 135 kg e 75 cm de altura, já é considerada oficialmente extinta nos Estados Unidos e está sob ameaça em outros países. No Brasil, a espécie é vulnerável, mas o status de avaliação muda conforme o bioma no qual ela vive. A situação é mais delicada na caatinga, onde o animal está criticamente ameaçado de extinção. As espécies ameaçadas são foco da segunda série "Desafio Natureza", que já abordou as ações feitas para preservar a arara-azul-de-lear no sertão da Bahia. A onça-pintada e a arara-de-lear fazem parte das 1.173 espécies que vivem sob risco de extinção no Brasil. A caatinga abriga 182 desses animais – 46 são espécies endêmicas, ou seja, só existem neste lugar do mundo. Para ajudar na preservação da onça-pintada na caatinga, o governo federal criou em abril de 2018 o Parque Nacional do Boqueirão da Onça, com 347 mil hectares, e a área de proteção ambiental (Apa), de 505 mil hectares. A presença deste tipo de felino no Boqueirão da Onça foi descoberta somente em 2006. Até então, acreditava-se que apenas a onça-parda (Puma concolor) vivia na região e que a pintada se restringia a outras áreas de caatinga. A comprovação da existência desta espécie naquele local específico fez com que o pedido de criação do parque nacional ganhasse mais força – uma discussão que já se arrastava há pelo menos 14 anos.

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2019

Bombeiros ‘resgatam’ leão da montanha do topo de árvore na Califórnia



Um "gato gigante" foi resgatado de uma árvore numa propriedade da Califórnia, nos Estados Unidos. O dono da residência chamou os bombeiros depois de notar a presença do animal enquanto cuidava no jardim. Quando chegaram ao local, os bombeiros perceberam que se tratava de um leão da montanha, ou puma, pendurado num galho a 15 metros de altura. A área foi cercada e o animal recebeu tranquilizantes para que fosse retirado da árvore com a ajuda de uma escada e arreios. Em seguida, o puma foi examinado por biólogos e solto na floresta. "É comum que pumas jovens saiam do habitat normal em busca de novos territórios", diz Kevin Brennan, biólogo do California Department of Fish and Wildlife. Rick Fischer, da mesma organização, diz que devolver o animal à vida selvagem com segurança teria sido difícil se os bombeiros não tivessem chegado com uma escada, logo após o chamado, na tarde de sábado (16). "Deixar o puma na árvore não teria sido seguro para a comunidade", disse Fischer. Os pumas, também conhecidos como leões da montanha, onças-pardas ou panteras, são membros da família de felinos selvagens. Eles vivem no continente americano - do Canadá à Argentina. Ataques de pumas a seres humanos são extremamente raros. Na América do Norte, por exemplo, menos de uma dúzia de fatalidades foram registradas em mais de 100 anos, conforme dados do Colorado Parks and Wildlife. No entanto, no início de fevereiro, um homem que praticava corrida numa trilha popular, nas montanhas do Colorado, matou um puma com as próprias mãos, depois que o animal saltou em cima dele por trás. O homem contou às autoridades que se virou no momento em que o animal estava saltando na sua direção. Ele foi mordido no rosto e no pulso. Na tentativa de se defender, sufocou o puma, que acabou morrendo. Segundo autoridades do Colorado Parks and Wildlife, que administra o parque onde o incidente ocorreu, o homem sofreu ferimentos sérios no rosto e no pulso, mas não corria risco de morrer.

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2019

'Pantera negra' é fotografada pela primeira vez em 100 anos



Cientistas do Zoológico de San Diego, nos EUA, anunciaram que conseguiram filmar e fotografar um grupo de leopardo negros, conhecidos comumente como panteras negras, após quase 100 anos. Os pesquisadores monitoraram a região de Laikipia no Quênia durante meses até conseguir o registro. "Ouvimos relatos de leopardo negros morando aqui no Quênia, mas imagens ou imagens de alta qualidade para apoiar essas observações sempre estiveram ausentes", disse Nicholas Pilfold, cientista do Zoológico de San Diego. "Isso é o que fornecemos aqui com nossas câmeras e agora podemos confirmar o que há muito se suspeita sobre leopardo negros que vivem no condado de Laikipia". O registro foi publicado na revista científica "African Journal of Ecology". Leopardos africanos têm a maior variedade de qualquer subespécie de leopardos, mas as observações do melanismo são raras. O melanismo é uma ocorrência de mutação genética em que o pelo parece completamente preto durante o dia, mas imagens infravermelhas revelam os icônicos padrões das rosetas noturnas do leopardo. "Eu cresci em Koija e os anciãos da minha comunidade me contaram sobre leopardos negros sendo comuns no planalto de Laikipia", disse Ambrose Letoluai, assistente de pesquisa do programa de conservação das onças. "É emocionante ver leopardos negros em nossas câmeras - e mais pesquisas sobre seu melanismo são necessárias, para que possamos entender por que elas ocorrem aqui". Observações anteriores sugerem que o melanismo é mais provável de aparecer entre os leopardos que vivem em habitats densamente florestados. Nessas áreas, a floresta espessa e a sombra adicional proporcionam um fundo mais escuro para a camuflagem dos leopardos. No entanto, a recente observação de leopardos negros no ambiente árido do condado de Laikipia apresenta novas questões sobre o significado adaptativo dessa característica. O avistamento também destaca a importância de desenvolver um programa de conservação que efetivamente proteja as espécies na área. Os cientistas monitoram a região na intenção de contabilizar quantos indivíduos da espécie vivem no local. Os leopardos africanos estão na lista de animais com risco de extinção. Segundo à rede americana "CNN", Will Burrard-Lucas- responsável pelas imagens feitas do leopardo negro- disse ter realizado um sonho. "Para mim, nenhum animal está envolto em mais mistério, nenhum animal mais evasivo e nenhum animal mais bonito. Por muitos anos, eles permaneceram como o material dos sonhos e das histórias improvisadas contadas ao redor da fogueira à noite. Ninguém que eu conheço já viu um na natureza e eu nunca pensei que eu também iria". Burrard-Lucas disse que filmou as imagens usando uma câmera que foca em fotografias e imagens da vida selvagem. As câmeras foram colocadas perto de trilhas de animais e fontes de água, como piscinas e nascentes naturais. Elas eram deixadas 24 horas por dia na maioria dos lugares, mas só eram ligadas à noite em locais públicos, de acordo com o African Journal of Ecology.

Filhote de onça-pintada é resgatado após perambular sozinho e ser acuado por cachorros em assentamento em MT


Um filhote de onça foi resgatado depois de ser encontrado perambulando sozinho e ser acuado por cachorros no assentamento Rural Ariranha, no município de Santo Afonso, a 266 km de Cuiabá. O animal chegou em Cuiabá na última segunda-feira (11) e teve o resgate divulgado nesta quinta-feira (14). De acordo com a Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema-MT), o filho é macho, com idade entre 100 e 150 dias e chegou em Cuiabá muito debilitado. Ele foi internado no Hospital Veterinário da Universidade de Cuiabá (Unic), onde realizou exames e iniciou tratamento. O filhote foi resgatado primeiramente por servidores da Diretoria de Unidade Desconcentrada (DUD) da Sema de Tangará da Serra, a 242 km da capital, e depois transportado para Cuiabá por técnicos da sede. Segundo a Sema, o filhote estava muito magro e com ferimentos nas orelhas quando foi encontrado. Os servidores que o resgataram relataram que o filhote estava perambulando sozinho e foi acuado por cachorros no assentamento Ariranha. Depois de ser levado para o hospital, o animal passará por tratamento e, possivelmente, será transferido para um instituto de conservação. O professor Marco Aurélio Molina Pires, responsável pelo tratamento da onça, informou que o filhote chegou ao hospital veterinário desidratado, muito magro e pesando 5 kg. Ainda, o filhote apresentava um quadro de miíase na orelha, que é um tipo de infecção de pele causada por larvas de moscas. O tratamento do animal inclui soro, antibiótico e vitamina.