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terça-feira, 3 de março de 2020

Resgatada há 4 anos, onça-pintada passa por adaptação para receber visitas no Bioparque da Amazônia



O Bioparque da Amazônia, em Macapá, está de morador novo. Com 5 anos de vida, “Fera” é uma onça-pintada macho, que chegou ao local na segunda quinzena de fevereiro e passa por adaptação para incluir na rotina as visitas do público. Antes, ele só tinha convivência com especialistas. Fera vivia na natureza até que perdeu a mãe, foi resgatado ainda bebê, há 4 anos, e passou a ser criado em cativeiro no Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas) do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), na Zona Norte da cidade. Ele chegou no espaço com 44 quilos e, na adaptação, a dieta é rica em proteínas, o que já fez ele ganhar peso nessas duas semanas. Aproveitando o novo casarão, o animal já teve o primeiro contato com vários seres humanos no último fim de semana. E é um processo que pode ser longo, de acordo com a reação dele, explica a bióloga Cleice Gomes, que acompanha o Fera. “Ela [a onça] tem comido 5 quilos de carne, que varia de carne vermelha, frango ou peixe, todos os dias. A limpeza do local, a troca da água e o banho dela é todo dia. É assim até ela se adaptar ao espaço, para que não fique tão estressada. Como ela nunca teve contato com o público, a gente faz um teste devagar”, comentou. Ainda segundo a bióloga, a onça respondeu bem ao primeiro teste, a tranquilidade é o que reina no Fera. O crescimento e a rotina regrada é responsabilidade do cuidador Rosivaldo dos Santos. É ele quem entra na toca da onça para cuidar, dar comida e limpar o local. Ele também amou a novidade, já que já tem experiência com esse tipo de animal. Santos cuidou das outras 6 onças que viveram no Bioparque antes da reinauguração do espaço, no fim de 2019. “Tinha 6, né? 4 pintadas, uma sussuarana e uma preta. Elas já se foram por causa da velhice, algumas complicações também. A gente estava com tanta saudade que agora veio essa bênção pra gente, essa fera. Eu fico direto com ele, entrando em contato direto para se acostumar com a gente, com a voz, com o manejo, para criar um vínculo”, detalhou o cuidador. Vivendo em cativeiro, a onça-pintada pode chegar a até 20 anos de vida, segundo a bióloga. O espaço preparado para o animal deve contar com uma piscina, que ainda está sendo preparada. A administração ressaltou que o período de adaptação do animal segue sem prazo determinado. Por isso, não há como determinar em quais dias ele pode ser visitado no local.

segunda-feira, 17 de junho de 2019

Filhote de espécie rara de onça encontrada perdida em MT tem quadro de cegueira e desnutrição e recebe tratamento




Um filhote de onça-pintada melânica macho, que foi resgatado na quinta-feira (13), no município de Paranaíta, a 849 km de Cuiabá, foi encaminhado ao Hospital Veterinário da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), campus Sinop, a 503 km de Cuiabá, e passa por tratamento para tentar reverter um quadro de cegueira. O animal, que também é conhecido como onça preta ou pantera-negra, tem cerca de três meses e foi encontrado em uma região de pastagem por um morador da região. Ele chegou a ficar com o filhote por uma semana, mas decidiu pedir apoio à Secretaria Estadual de Meio Ambiente (Sema) ao perceber que o filhote estava muito debilitado. A professora da UFMT, Elaine Conceição, disse que a onça chegou no local muito debilitada e está com cegueira devido ao desiquilíbrio nutricional. “Em consequência desse estado, ela apresenta um quadro de cegueira, que agora estamos priorizando para ver se ocorre a reversão desse quadro, o que é um pouco difícil”, ressaltou. Segundo Elaine, os profissionais da universidade também estudam qual será o destino do animal. “Estamos vendo se ele deverá ser solto ou se será destinado para um cativeiro, pois é uma espécie de bastante valor biológico”, disse. A onça já passou por exames de sangue, clínico e morfobiometria. Os primeiros resultados apresentaram desidratação e desequilíbrio nutricional, além da baixa visão. A aparição da pantera-negra é motivo de celebração para os biólogos de todo o Brasil. Segundo os pesquisadores, a espécie está ameaçada de extinção. O animal tem melanismo, que é uma alteração genética rara. A concentração de pigmento preto na pele esconde as pintas comuns dessa espécie. Apenas de 5% a 10% das onças nascem com essa alteração. “Esse animal é precioso por conta da pelagem. Dentre as onças-pintadas, ele se torna uma raridade”, ressaltou Elaine.

terça-feira, 26 de fevereiro de 2019

Onças ganham parque nacional na caatinga



Bastou um rastro. A pegada de uma onça-pintada na região do Boqueirão da Onça, na Bahia, comprovou o que os biólogos ainda não sabiam: esta espécie, conhecida cientificamente como Panthera Onca (se escreve sem cedilha), também estava habitando aquela região. Foi o que faltava para que o pedido de criar uma área de proteção ganhasse ainda mais força – uma discussão que se arrastava havia pelo menos 14 anos. O argumento era forte: a onça-pintada está criticamente ameaçada de extinção na caatinga e preservar a área poderia surtir efeito nos esforços de proteger a espécie. Além disso, a região era habitada pela onça-parda (Puma concolor), também em perigo de extinção. Em abril de 2018, o pedido finalmente saiu do papel: foi criado o Parque Nacional do Boqueirão da Onça, com 347 mil hectares, e a Área de Proteção Ambiental (Apa), com 505 mil hectares – cada uma com regras específicas de uso do solo. O G1 esteve no Boqueirão da Onça para conhecer o parque e os problemas ambientais da área. As ameaças à conservação das espécies e o desafio de preservá-las são foco do especial "Desafio Natureza", que já falou sobre a arara-azul-de-lear, que chegou a ser considerada extinta e foi 'redescoberta' na caatinga há 40 anos. A onça-pintada e a arara-de-lear fazem parte das 1.173 espécies que vivem sob risco de extinção no Brasil. A caatinga abriga 182 desses animais – 46 são espécies endêmicas, ou seja, só existem neste lugar do mundo.

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2019

Maior felino das Américas, a onça-pintada está criticamente ameaçada de extinção na caatinga



A população do maior felino das Américas está caindo. A onça-pintada, um carnívoro que pode chegar a até 135 kg e 75 cm de altura, já é considerada oficialmente extinta nos Estados Unidos e está sob ameaça em outros países. No Brasil, a espécie é vulnerável, mas o status de avaliação muda conforme o bioma no qual ela vive. A situação é mais delicada na caatinga, onde o animal está criticamente ameaçado de extinção. As espécies ameaçadas são foco da segunda série "Desafio Natureza", que já abordou as ações feitas para preservar a arara-azul-de-lear no sertão da Bahia. A onça-pintada e a arara-de-lear fazem parte das 1.173 espécies que vivem sob risco de extinção no Brasil. A caatinga abriga 182 desses animais – 46 são espécies endêmicas, ou seja, só existem neste lugar do mundo. Para ajudar na preservação da onça-pintada na caatinga, o governo federal criou em abril de 2018 o Parque Nacional do Boqueirão da Onça, com 347 mil hectares, e a área de proteção ambiental (Apa), de 505 mil hectares. A presença deste tipo de felino no Boqueirão da Onça foi descoberta somente em 2006. Até então, acreditava-se que apenas a onça-parda (Puma concolor) vivia na região e que a pintada se restringia a outras áreas de caatinga. A comprovação da existência desta espécie naquele local específico fez com que o pedido de criação do parque nacional ganhasse mais força – uma discussão que já se arrastava há pelo menos 14 anos.

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2019

Filhote de onça-pintada é resgatado após perambular sozinho e ser acuado por cachorros em assentamento em MT


Um filhote de onça foi resgatado depois de ser encontrado perambulando sozinho e ser acuado por cachorros no assentamento Rural Ariranha, no município de Santo Afonso, a 266 km de Cuiabá. O animal chegou em Cuiabá na última segunda-feira (11) e teve o resgate divulgado nesta quinta-feira (14). De acordo com a Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema-MT), o filho é macho, com idade entre 100 e 150 dias e chegou em Cuiabá muito debilitado. Ele foi internado no Hospital Veterinário da Universidade de Cuiabá (Unic), onde realizou exames e iniciou tratamento. O filhote foi resgatado primeiramente por servidores da Diretoria de Unidade Desconcentrada (DUD) da Sema de Tangará da Serra, a 242 km da capital, e depois transportado para Cuiabá por técnicos da sede. Segundo a Sema, o filhote estava muito magro e com ferimentos nas orelhas quando foi encontrado. Os servidores que o resgataram relataram que o filhote estava perambulando sozinho e foi acuado por cachorros no assentamento Ariranha. Depois de ser levado para o hospital, o animal passará por tratamento e, possivelmente, será transferido para um instituto de conservação. O professor Marco Aurélio Molina Pires, responsável pelo tratamento da onça, informou que o filhote chegou ao hospital veterinário desidratado, muito magro e pesando 5 kg. Ainda, o filhote apresentava um quadro de miíase na orelha, que é um tipo de infecção de pele causada por larvas de moscas. O tratamento do animal inclui soro, antibiótico e vitamina.

sábado, 11 de agosto de 2018

Os três filhotes de onça-pintada do Parque Nacional do Iguaçu que são esperança para a espécie





A segunda-feira, dia 6 de agosto, foi um dia de agitação e alegria para os pesquisadores que trabalham no Parque Nacional do Iguaçu, no Paraná. Nesse dia, a onça-pintada Atiaia (raio de luz, em tupi-guarani) foi avistada com três filhotes. O nascimento das oncinhas é uma esperança para a sobrevivência da espécie na Mata Atlântica, bioma em que está criticamente ameaçada de extinção. "Numa população de 22 onças no Parque Nacional do Iguaçu, o nascimento de três filhotes é extremamente importante. Em toda a Mata Atlântica, existem apenas cerca de 300 desses felinos. Por isso, a região do parque é chave para conservação da espécie", afirma a bióloga Yara de Melo Barros, coordenadora executiva do Projeto Onças do Iguaçu, que protege a espécie no Parque Nacional do Iguaçu. Na manhã de segunda-feira, Atiaia e seus filhotes, que têm cerca de dois meses, foram vistos em um trecho da pista asfaltada que cruza o parque. A mãe e duas oncinhas atravessaram a pista, enquanto o terceiro filhote voltou para a mata. No fim da tarde, o filhotinho que havia se separado da mãe foi resgatado pela equipe do projeto e reunido à família. Foi a primeira vez que a prole foi vista pelos pesquisadores. Antes do encontro, pensava-se que Atiaia tinha dado à luz apenas um filhote. Estão sendo feito esforços para evitar que os filhotes ou a mãe sejam atropelados na pista do Parque Nacional do Iguaçu - uma área turística. Para isso, o local está sendo sinalizado com placas que informam sobre os filhotes e com cones nos locais onde os animais são avistados com mais frequência. Além disso, os carros que circulam no parque recebem um GPS que monitora a velocidade. As oncinhas são uma demonstração do sucesso do Projeto Onças do Iguaçu. Desde o início dos esforços de conservação do felino no parque, em 1990, esta é a primeira vez que é registrado o nascimento de três filhotes. O número de onças-pintadas no parque está crescendo - dobrou entre 2009 e 2016.

segunda-feira, 7 de agosto de 2017

Produtor rural encontra filhote de onça perto de canavial em Poloni



Um produtor rural encontrou um filhote de onça na propriedade onde mora, na noite deste domingo (6), em Poloni (SP). O animal estava perto de um canavial, sem ferimentos. O produtor levou a onça até o Corpo de Bombeiros de São José do Rio Preto (SP), que encaminhou o filhote até a Polícia Ambiental. Segundo a polícia, o animal é uma fêmea com aproximadamente 20 dias de vida. A onça foi levada para o zoológico de Rio Preto, onde vai receber todos os cuidados necessários.

sexta-feira, 21 de julho de 2017

Onça-pintada é fotografada em reserva a 10 km do Centro de Sinop (MT)


Uma onça-pintada foi fotografada em uma reserva a 10 km do Centro de Sinop, a 503 km de Cuiabá. O registro foi feito por armadilhas fotográficas de um projeto em uma reserva da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), no dia 11 de julho, e foi divulgado nesta terça-feira (18/07). A foto confirmou a presença do animal, cujas pegadas já haviam sido vistas anteriormente em diversos pontos do centro de pesquisa. Segundo o biólogo Patrick Lazari, responsável pelo monitoramento da fauna no experimento, é pouco provável que a onça more na região. Ele acredita que o animal use o trecho como ‘corredor de passagem’, já que há nesse local um pequeno fluxo de água que faz ligação com o Rio Teles Pires. As pegadas da onça-pintada já tinham sido vistas anteriormente em diversos pontos do centro de pesquisa. “São sete equipamentos que funcionam 24 horas, chamadas de armadilhas fotográficas, instaladas no local. Elas são equipadas com um sensor de movimento que faz a foto quando algo passa na frente. Conseguimos fazer três fotos em sequência dessa onça”, explicou o biólogo ao G1. O equipamento que registrou a presença da onça estava fixada em uma árvore, a 30 centímetros do solo. “Já registramos outras onças, não só a onça-pintada, já vimos onça-parda, jaguatirica e outros animais de grande e pequeno porte. Mas a onça-pintada chama a atenção pela beleza, tamanho e característica da alimentação”, avaliou o biólogo. As fotografias ficam armazenadas em um cartão de memória de cada equipamento. Periodicamente os pesquisadores descarregam as imagens, recarregam a bateria desses equipamentos e analisam as fotografias. As armadilhas foram instaladas no mês de maio. “Nesse projeto de restauração ecológica, as áreas que estão degradadas são recompostas com sua vegetação. Fazemos o monitoramento da fauna, associado a esse projeto”, disse Lazari.

quarta-feira, 5 de julho de 2017

Onça-pintada resgatada em fazenda em MT é levada para associação em SP


Um filhote macho de onça-pintada que foi resgatado em uma fazenda em Querência, a 912 km de Cuiabá, e estava sob os cuidados da Polícia Militar Ambiental e da Secretaria do Meio Ambiente (Sema), foi encaminhado na noite dessa terça-feira (4) para a Associação Mata Ciliar, em Jundiaí (SP). O objetivo é que o felino passe por processo de reabilitação no qual deverá desenvolver o comportamento natural da espécie, como a caça. O animal está com sete meses de idade e chegou na manhã desta quarta-feira (5) à associação, informou a Sema. A onça foi resgatada em fevereiro deste ano pela Polícia Militar Ambiental em parceria com a Sema, depois de ter sido encontrada por trabalhadores rurais. A suspeita é que a mãe dela tenha sido morta. Na época do resgate, a onça estava com 2 kg e desidratada. Atualmente, está com 36 kg, peso que está acima do ideal para a saúde dela. Como engordou por falta de exercícios, a expectativa é que o filhote emagreça na associação, já que vai ter espaço maior para se exercitar e ir atrás da presa. O peso de uma onça-pintada adulta pode variar entre 35 kg e 130 kg e a expectativa de vida é entre 10 e 20 anos. O animal é considerado ameaçado de extinção no Brasil pelo Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente).

segunda-feira, 13 de junho de 2016

Filhote de onça-pintada criado como gato é resgatado em cidade de MT


Um filhote de onça-pintada foi resgatado nesta quarta-feira (8) na cidade de Marcelândia, a 712 km de Cuiabá. De acordo com Batalhão da Polícia Ambiental em Várzea Grande, região metropolitana de Cuiabá, o animal estava sendo criado como gato doméstico por uma moradora que o encontrou. Depois de ser cuidado por quase um mês, a moradora entregou a onça-pintada para as autoridades. De acordo com o sargento Joelson de Paula, a onça-pintada é fêmea e tem aproximadamente 60 dias de vida. “O estado de saúde dela está normal e a estamos alimentando com leite de cabra, que é o mais apropriado para esse animal, que ainda está no período de lactose. Ela toma quase cinco mamadeiras por dia”. Segundo o batalhão, filhote deve ser encaminhado para fazer exames no hospital veterinário da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), em Cuiabá, entre esta quinta-feira (9) e sexta-feira (10). A família de uma servidora encontrou o filhote em uma área rural de Marcelândia, há aproximadamente um mês. “Acreditamos que ela deve ter se perdido da mãe. Essa servidora a levou para a cidade, ficou cuidando dela em casa, como se fosse um gato. Ela é pequena ainda, é do tamanho de um gatinho. A moradora cuidou e ligou pedindo orientações”, disse o sargento Ezequiel Dias, do Batalhão Ambiental. Conforme o batalhão, a moradora foi orientada a entregar o animal. Os policiais alertaram sobre os riscos de uma má alimentação ou problemas que poderiam ocorrer caso a moradora continuasse com o filhote em casa, já que poderia acostumar o animal com a presença de humanos. De acordo com o sargento, isso poderia influenciar numa possível reabilitação à natureza.

domingo, 3 de abril de 2016

Onça Angelina morre após cirurgia na pata, realizada em Santa Catarina


Morreu nesta sexta-feira (1º) a onça Angelina, que vivia no Zoológico de Curitiba. O animal passou por uma cirurgia em Joinville, no norte catarinense, na quinta-feira (31), para implantar uma prótese em uma pata traseira. Segundo a direção do zoológico, Angelina teve complicações e não resistiu. A cirurgia realizada em Santa Catarina era para trocar outra prótese que já havia sido implantada em Angelina. Em dezembro de 2015, após um pulo, o artefato acabou quebrando e precisou ser substituído. Angelina tinha cinco anos de idade e sempre sofreu com problemas de saúde. Entre outras doenças, ela tinha paralisia facial. Em junho de 2015, Angelina recebeu um tratamento com células-tronco, para tentar corrigir a mesma fratura que a obrigou a receber o implante. Em nota, a direção do zoológico lamentou a morte. "A Angelina recebeu os melhores tratamentos que um animal de zoológico no Brasil poderia receber em hospitais e clínica de ponta, porém o risco sempre é paralelo e nos mostra o limite da vida", diz trecho do comunicado. O corpo do animal será levado para o Museu de História Natural de Curitiba, onde passará por taxidermia e será usado para a educação ambiental.

quarta-feira, 25 de novembro de 2015

Onça-pintada criada como animal doméstico será devolvida à natureza


Os responsáveis pela ONG Mata Ciliar, de Jundiaí (SP), se preparam a partir desta terça-feira (24) para devolver à natureza "Felipe", uma onça-pintada que viveu por um ano e meio como animal doméstico, inclusive usando coleira, em um garimpo de Porto Novo (PA). O animal foi resgatado em julho deste ano pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e levado à entidade, que é referência no tratamento de felinos. Em entrevista ao G1, a coordenadora de fauna da ONG, Cristina Harumi Adania, informou que depois de quatro meses de tratamento na entidade o animal está pronto para voltar ao seu habitat natural. Por isso, a equipe de veterinária da ONG iniciou nesta terça-feira o manejo necessário para a soltura da onça-pintada. "Inicialmente, a onça será anestesiada para colocarmos o colar, que vai permitir o monitoramento via satélite após ela ser solta na natureza", explica. Este processo, que dura cerca de uma hora e meia, será acompanhado pela equipe veterinária da entidade e também do Ibama. Após a colocação do colar, Felipe irá descansar e só na quarta-feira (25) irá seguir viagem até a reserva localizada no estado do Pará. "Vamos levar a onça de caminhão até o aeroporto de Viracopos [em Campinas (SP)] e de lá seguirá viagem de avião até Cuiabá (MT). Depois, ela será levada até a reserva natural. Será uma viagem longa para o animal, de cerca de 10 horas", explica Cristina. A analista ambiental do Ibama, Christina Wippich Whiteman, irá acompanhar todo o processo de soltura, da saída de Jundiaí até o Pará. Ela explica que Felipe será colocado em uma caixa de madeira feita exclusivamente para o transporte de animais de grande porte. "Dentro da caixa, não tem como ele escapar. Mas ele será sedado, caso haja necessidade", frisa. O local exato em que Felipe será solto não foi divulgado para evitar que o animal seja procurado por caçadores. Porém, a coordenadora de fauna da Mata Ciliar adianta que ele vai ficar inicialmente dois dias em um recinto preparado para ele no Pará e só depois será solto na reserva. "A própria Força Aérea Brasileira (FAB) vai levá-lo de helicoptéro até o local de soltura, que é bem inóspito, sem pessoas por perto e com bastante mata". Felipe é uma onça-pintada macho jovem, de aproximadamente 2 anos, que pesa cerca dee 55 quilos. Ele foi encontrado e resgatado pelo Ibama depois que uma foto postada em uma rede social mostrava o felino preso como um animal doméstico e até usando coleira. Ao chegar na Mata Ciliar, Felipe passou por um processo de reabilitação e agora está pronto para voltar ao habitat natural. "Ele está bem preparado fisicamente e, em termos de comportamento naturais também. Ele ficou em um recinto grande na ONG. Evitamos a presença do homem e, assim, perdeu qualquer vínculo que tinha antes. Incetivamos também o instinto de caça nele, o que facilitou a soltura", explica Cristina. Segundo o Ibama, uma pessoa que mantém um animal silvestre em cativeiro pode pegar pena de seis meses a um ano de detenção, além de pagar uma multa de R$ 5 mil. Apesar do animal ter sido entregue de forma voluntária ao Ibama na época, a pessoa foi multada em Porto Novo e o órgão continua investigando o caso.

segunda-feira, 2 de novembro de 2015

Onça salva de caçador ganha nome de formiga e vira mascote em Manaus



A onça que ficou famosa após o vídeo em que toma banho em uma área próxima à praia da Ponta Negra ser divulgado nas redes sociais nem sempre teve uma vida calma e feliz. Segundo o major Basto, do Exército, o animal foi resgatado quando estava em posse de um caçador no município de Tefé, a 520 quilômetros de Manaus, Na época, ele tinha 4 meses de vida e apresentava sinais de maus-tratos. A infância difícil teve efeito no comportamento do animal, agora mascote do Comando Militar da Amazônia (CMA). O seu temperamento "arisco" lhe fez ganhar o nome de Jiquitaia, em menção à formiga de mesmo nome. Aos 10 meses, a onça pesa 32 kg e está com um terço do peso e tamanho que terá na fase adulta. O animal vive nas dependências do CMA, no bairro Ponta Negra, Zona Oeste de Manaus. A jaula em que Jiquitaia vive mede 20x8 metros e foi projetada para dar conforto a ele. Segundo o major, foi preciso adotar medidas para conseguir levar o animal para o CMA. "Nós pedimos autorização do Ipaam [Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas], construímos um recinto para ele, o Ipaam veio fiscalizar para ver se estava dentro das normas. Como ele estava debilitado, precisou ficar 40 dias no Cigs [Centro de Instrução de Guerra na Selva] recebendo tratamento para se recuperar. Nos cadastramos como mantenedores da fauna, então o CMA é uma das instituições jurídicas do Brasil que tem essa autorização para adotar onças que foram resgatadas", explica. A bióloga do Cigs e 2ª tenente do Exército, Sinandra Santos, teve o contato com Jiquitaia logo que o animal foi resgatado. De acordo com a profissional, ele precisou passar por avaliação clínica, exame de sangue e fezes. "Ela estava desidratada, então foi tratada e depois da quarentena veio para cá. O Cigs assessorou o CMA porque nós temos uma equipe formada por bióloga e veterinários, então a gente fez todo o planejamento de cuidado desse animal. Planejamos quando ele come, o que ele come, a questão de limpeza do recinto, o corte de unhas, exames periódicos, odontológicos", enfatiza. Na avaliação da bióloga, hoje o animal está bem melhor em comparação há seis meses. "Ele tem um tratado, uma equipe que cuida dele. Quem alimenta é que tem a relação mais íntima. É como o cachorro, que o dono alimenta e, quando o dono chega, ele já abana o rabo, fica feliz. O felino também tem isso, só que reage de maneira diferente do cachorro. O felino, quando tem carinho pela pessoa, quer passar por entre as pernas, quer brincar, fazer carinho, e é essa a relação que essa onça tem aqui", afirma. Tratador de Jiquitaia, o sargento Klebson conta que o nome da onça foi inspirado em uma formiga comum na região amazônica. "Quando ele chegou, era pequenininho, mas tinha uma mordida ardida. O general disse que parecia uma mordida de jiquitaia, aí começamos a chamá-lo assim e o nome ficou", disse. Segundo o tratador, Jiquitaia era arisco e arredio. Para conseguir adestrá-lo, foi preciso fazer algumas atividades com ele. Após um mês no CMA, ele começou a se mostrar mais tranquilo. "Quando está do lado de fora da jaula, ele corre pela mata, sobe em árvore... Ele tem todo esse espaço para brincar. Ele tem a piscina dentro da jaula, mas adora brincar de bola no rio. O banho serve para ele ficar mais calmo", relata o sargento. Os militares suspeitam que os pais de Jiquitaia foram mortos para que ele fosse capturado. Não há informações sobre o caçador que o mantinha em cativeiro. Para as brincadeiras, a onça tem a companhia dos soldados Adriano Rodrigues, Marco Souza e Rodrigo Carvalho, responsáveis também pela alimentação da onça, que come cerca de 2 kg de ração para gatos por dia, além dos cuidados com a jaula de Jiquitaia. O animal - que se tornou mascote do CMA - será usado também em desfiles militares.