A população de tigres-de-bengala diminui a um ritmo alarmante na maior floresta de manguezal do mundo, a Sundarbans, em Bangladesh, segundo um estudo publicado em 27 de julho deste ano.
Enquanto 440 exemplares desta espécie foram contabilizados em 2004 neste ecossistema excepcional, inscrito no patrimônio mundial pela Unesco, os grandes felinos na realidade são apenas uma centena, afirmou Tapan Kumar Dey, responsável pela proteção da fauna e da flora do governo.
A diferença é explicada em parte pela metodologia. Em vez da conta aleatória realizada a partir do recolhimento de pegadas, os cientistas utilizam agora aparelhos fotográficos equipados com detectores de movimento. Depois de um ano de observação, contaram entre 83 e 130 exemplares.
"Temos então uma média de 106 tigres nesta parte dos Sundarbans", aos quais é preciso somar 74 felinos identificados anteriormente do lado indiano, disse Tapan Kumar Dey à agência France Presse.
A Índia acolhe a população mais importante de tigres-de-bengala com 2.226 exemplares. Bangladesh, Nepal, Butão, China e Mianmar dividem os demais.
Para Monirul Khan, zoólogo na Universidade Jahangirnagar de Bangladesh e grande especialista sobre o tigre, as conclusões da pesquisa confirmam seus piores temores quanto à sobrevivência da espécie.
"Parece que a população diminuiu mais rápido do que esperávamos", lamentou, denunciando a caça ilegal e a destruição do habitat natural do animal.
Segundo a organização WWF, o número de tigres selvagens caiu de 100 mil exemplares em 1990 a 3.200 na atualidade. O tigre-de-bengala encontra-se entre as espécies ameaçadas classificadas pela União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN).
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