quinta-feira, 7 de março de 2019

Gato 'pega carona' em caminhão e viaja quase mil quilômetros da Áustria à Holanda


Um gato "pegou uma carona" de caminhão e viajou quase mil quilômetros da Áustria até a Holanda. A história foi relatada pelo serviço de proteção animal da cidade de De Ronde Venen. O motorista só descobriu a presença do felino quando chegou à cidade de Aalsmeer. Ele acredita que o gato tenha subido no caminhão em St Georgen, próximo a Salzburg, onde fez uma parada. Agora, a organização está tentando descobrir quem são os donos do gato.

quinta-feira, 28 de fevereiro de 2019

Gatos voltam à vida selvagem e ameaçam espécies nativas de Fernando de Noronha




Eles começaram a ser domesticados há cerca de 10 mil anos e hoje são os animais de estimação mais difundidos e populares do planeta. Estima-se que existam mais de 600 milhões de gatos vivendo nos ambientes dos humanos. Muita gente se pergunta, no entanto, como o felino atingiu esse status se não tem nenhuma utilidade prática para a sobrevivência das pessoas, pois não são usados para trabalho, nem fornecem leite, carne, lã ou ovos. Além disso, eles podem transmitir doenças, como a toxoplasmose, e causar desastres ecológicos, dizimando outras espécies quando soltos em ambientes frágeis, como ilhas. É o que está acontecendo em Fernando de Noronha, onde gatos domésticos voltaram a ser selvagens e estão colocando em risco a sobrevivência de aves e répteis. Atualmente, vivem em Fernando de Noronha mais de 1.300 gatos, para uma população humana de entre 4.500 e 6.000 habitantes - ninguém sabe ao certo. "Isso representa uma das maiores densidades de gatos já registradas em ambientes insulares em todo o mundo", diz a pesquisadora Tatiana Micheletti, do Instituto Brasileiro para Medicina da Conservação (Tríade), uma associação civil sem fins lucrativos, que trabalha para o controle de espécies exóticas na ilha. "A falta de cuidado por parte dos proprietários, associada ao instinto de autossuficiência, à alta capacidade reprodutiva, e à oferta de recursos, possibilita a esses animais caçarem espécies endêmicas e ameaçadas."

terça-feira, 26 de fevereiro de 2019

Onças ganham parque nacional na caatinga



Bastou um rastro. A pegada de uma onça-pintada na região do Boqueirão da Onça, na Bahia, comprovou o que os biólogos ainda não sabiam: esta espécie, conhecida cientificamente como Panthera Onca (se escreve sem cedilha), também estava habitando aquela região. Foi o que faltava para que o pedido de criar uma área de proteção ganhasse ainda mais força – uma discussão que se arrastava havia pelo menos 14 anos. O argumento era forte: a onça-pintada está criticamente ameaçada de extinção na caatinga e preservar a área poderia surtir efeito nos esforços de proteger a espécie. Além disso, a região era habitada pela onça-parda (Puma concolor), também em perigo de extinção. Em abril de 2018, o pedido finalmente saiu do papel: foi criado o Parque Nacional do Boqueirão da Onça, com 347 mil hectares, e a Área de Proteção Ambiental (Apa), com 505 mil hectares – cada uma com regras específicas de uso do solo. O G1 esteve no Boqueirão da Onça para conhecer o parque e os problemas ambientais da área. As ameaças à conservação das espécies e o desafio de preservá-las são foco do especial "Desafio Natureza", que já falou sobre a arara-azul-de-lear, que chegou a ser considerada extinta e foi 'redescoberta' na caatinga há 40 anos. A onça-pintada e a arara-de-lear fazem parte das 1.173 espécies que vivem sob risco de extinção no Brasil. A caatinga abriga 182 desses animais – 46 são espécies endêmicas, ou seja, só existem neste lugar do mundo.

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2019

Maior felino das Américas, a onça-pintada está criticamente ameaçada de extinção na caatinga



A população do maior felino das Américas está caindo. A onça-pintada, um carnívoro que pode chegar a até 135 kg e 75 cm de altura, já é considerada oficialmente extinta nos Estados Unidos e está sob ameaça em outros países. No Brasil, a espécie é vulnerável, mas o status de avaliação muda conforme o bioma no qual ela vive. A situação é mais delicada na caatinga, onde o animal está criticamente ameaçado de extinção. As espécies ameaçadas são foco da segunda série "Desafio Natureza", que já abordou as ações feitas para preservar a arara-azul-de-lear no sertão da Bahia. A onça-pintada e a arara-de-lear fazem parte das 1.173 espécies que vivem sob risco de extinção no Brasil. A caatinga abriga 182 desses animais – 46 são espécies endêmicas, ou seja, só existem neste lugar do mundo. Para ajudar na preservação da onça-pintada na caatinga, o governo federal criou em abril de 2018 o Parque Nacional do Boqueirão da Onça, com 347 mil hectares, e a área de proteção ambiental (Apa), de 505 mil hectares. A presença deste tipo de felino no Boqueirão da Onça foi descoberta somente em 2006. Até então, acreditava-se que apenas a onça-parda (Puma concolor) vivia na região e que a pintada se restringia a outras áreas de caatinga. A comprovação da existência desta espécie naquele local específico fez com que o pedido de criação do parque nacional ganhasse mais força – uma discussão que já se arrastava há pelo menos 14 anos.