terça-feira, 22 de dezembro de 2015

EUA situam leões africanos entre espécies em 'risco de extinção'


Os leões africanos estão em risco de extinção e serão protegidos como "espécie ameaçada" pela lei americana, anunciaram as autoridades nesta segunda-feira (21), meses depois de um massacre de felinos que causou indignação mundial. A sobrevivência dos reis da floresta no oeste da África e na Índia está ameaçada devido ao "dramático declínio" de exemplares observado, destacou o Serviço de Pesca e Vida Silvestre dos EUA (FWS, na sigla em inglês). A decisão abre caminho para regulamentações estritas de importação e exportação de carcaças de leões e ocorre depois da morte, pelas mãos de um dentista americano, do leão Cecil, no Zimbábue, no começo do ano. A proteção se estende a outras subespécies da família dos leões, como a "Panthera leo leo" (leão-berbere), do qual se conhece a existência de apenas 1.400 exemplares: 900 no oeste e no centro da África e outros 500 na Índia. Outra subespécie ameaçada é a "Panthera leo melanochaita" (leão-do-cabo), com 17 mil a 19 mil exemplares no sudeste da África, segundo o FWS. "Hoje estamos contando a história do ponto de vista do leão", disse Dan Ashe, diretor do FWS. A decisão não restringe a caça de leões africanos, mas representa uma barreira significativa para aqueles que defendem uma "permissão da caça" destes animais, acrescentou Ashe. As populações de leões diminuíram 43% nas duas últimas décadas, devido à degradação de seus hábitats, às dificuldades de encontrar presas para se alimentar e ao aumento dos conflitos entre humanos. "O leão é um dos animais mais amados do planeta e é uma peça insubstituível do nosso patrimônio global", afirmou Ashe. "Se quisermos garantir que as populações de leões corram livres e saudáveis pelas savanas africanas ou as florestas da Índia, todos temos que tomar ações, não só os africanos ou os hindus", concluiu.