O Bioparque da Amazônia, em Macapá, está de morador novo. Com 5 anos de vida, “Fera” é uma onça-pintada macho, que chegou ao local na segunda quinzena de fevereiro e passa por adaptação para incluir na rotina as visitas do público. Antes, ele só tinha convivência com especialistas.
Fera vivia na natureza até que perdeu a mãe, foi resgatado ainda bebê, há 4 anos, e passou a ser criado em cativeiro no Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas) do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), na Zona Norte da cidade.
Ele chegou no espaço com 44 quilos e, na adaptação, a dieta é rica em proteínas, o que já fez ele ganhar peso nessas duas semanas.
Aproveitando o novo casarão, o animal já teve o primeiro contato com vários seres humanos no último fim de semana. E é um processo que pode ser longo, de acordo com a reação dele, explica a bióloga Cleice Gomes, que acompanha o Fera.
“Ela [a onça] tem comido 5 quilos de carne, que varia de carne vermelha, frango ou peixe, todos os dias. A limpeza do local, a troca da água e o banho dela é todo dia. É assim até ela se adaptar ao espaço, para que não fique tão estressada. Como ela nunca teve contato com o público, a gente faz um teste devagar”, comentou.
Ainda segundo a bióloga, a onça respondeu bem ao primeiro teste, a tranquilidade é o que reina no Fera.
O crescimento e a rotina regrada é responsabilidade do cuidador Rosivaldo dos Santos. É ele quem entra na toca da onça para cuidar, dar comida e limpar o local. Ele também amou a novidade, já que já tem experiência com esse tipo de animal.
Santos cuidou das outras 6 onças que viveram no Bioparque antes da reinauguração do espaço, no fim de 2019.
“Tinha 6, né? 4 pintadas, uma sussuarana e uma preta. Elas já se foram por causa da velhice, algumas complicações também. A gente estava com tanta saudade que agora veio essa bênção pra gente, essa fera. Eu fico direto com ele, entrando em contato direto para se acostumar com a gente, com a voz, com o manejo, para criar um vínculo”, detalhou o cuidador.
Vivendo em cativeiro, a onça-pintada pode chegar a até 20 anos de vida, segundo a bióloga. O espaço preparado para o animal deve contar com uma piscina, que ainda está sendo preparada.
A administração ressaltou que o período de adaptação do animal segue sem prazo determinado. Por isso, não há como determinar em quais dias ele pode ser visitado no local.
Em Gatos e Felinos, você vai saber mais sobre o universo dos gatos, raças existentes, curiosidades e notícias sobre eles e outros felinos espalhados pelo planeta.
terça-feira, 3 de março de 2020
Aparecimento de onça-parda em propriedade rural mobiliza Corpo de Bombeiros em Presidente Epitácio
Por volta das 16h, nesta segunda-feira (2), o Corpo de Bombeiros foi acionado para comparecer a uma propriedade rural, em Presidente Epitácio (SP), devido à presença de uma onça-parda no local.
O animal estava em cima de uma árvore, ao redor da qual havia cachorros latindo.
Conforme a corporação, o animal desceu sozinho da árvore e seguiu para uma mata que fica ao lado da propriedade rural.
A equipe do Corpo de Bombeiros acompanhou o felino durante o retorno à mata.
Onça-parda: Nome científico: Puma concolor
Família: Felidae
Ordem: Carnívora
Distribuição: Américas do Norte, Central e do Sul.
Habitat: São variados, incluindo florestas tropicais e subtropicais, caatinga, cerrado, pantanal, desertos e montanhas.
Alimentação: Desde pequenos roedores até mamíferos de grande porte (capivaras, veados, catetos), aves e répteis.
Reprodução: O período de gestação varia entre 84 e 98 dias, nascendo de 1 a 6 filhotes com 220 a 440 gramas.
A suçuarana, também conhecida como onça-parda, puma, onça-vermelha e leão-baio, é a segunda maior espécie de felino do Brasil. Possui corpo alongado, medindo até 1,08m de comprimento. A cauda longa mede até 61cm e a sua altura é de 63cm.
O macho adulto pode pesar por volta de 70kg. A pelagem da suçuarana tem coloração uniforme, variando entre marrom-acinzentado bem claro e marrom-avermelhado escuro. Geralmente os animais que vivem em florestas são menores e mais escuros e os que vivem em regiões montanhosas são maiores e mais claros.
Possuem hábitos noturnos (predominantes) e diurnos, caçam a qualquer hora do dia com certa tendência ao horário de crepúsculo. A espécie é terrestre, mas possui muita habilidade para subir em árvores e é muito ágil. A suçuarana vive solitária, menos na época de acasalamento.
Pesquisas comprovaram que a suçuarana é o predador mais eficiente e mais flexível entre os felinos. Ela consegue alimento em 75% das vezes em que parte para o ataque.
segunda-feira, 13 de janeiro de 2020
Raro e em extinção, filhote de gato-mourisco é resgatado em RR após morte da mãe
Um filhote de gato-mourisco foi resgatado e trazido a Boa Vista nessa sexta-feira (10) após a mãe dele morrer em uma comunidade indígena no interior de Roraima. O felino é considerado raro na Amazônia e figura a lista de animais ameaçados de extinção.
Inicialmente a suspeita era a de que o animal era uma onça-preta, mas depois foi constatado que se tratava de um gato-mourisco - também conhecido como jaguarundi.
O filhote foi trazido a Boa Vista por um servidor de saúde que atua na área indígena. Na capital, o gato bebê foi entregue à Companhia Independente de Policiamento Ambiental (Cipa), onde recebeu os primeiros atendimentos.
"Esse animalzinho foi encontrado por um enfermeiro, depois que a mãe morreu. Ele ficou com dó, e com medo que o bichinho também morresse, trouxe a Boa Vista", explicou o comandante de Policiamento da Capital, coronel Magalhães Damasceno.
Não foi informada a região exata da comunidade em que o felino foi encontrado nem como a mãe dele morreu.
A estimativa do veterinário da Cipa que atendeu o animal é que ele tenha cerca de 50 dias de vida. O gato foi levado ao Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas) do Ibama. Ele não tinha ferimento.
"Os gatos-mouriscos, também conhecidos como jaguarundis, são felinos de menor porte do que as onças", explicou o pesquisador ecólogo da Universidade Federal de Roraima, Whaldener Endo, ao ver as imagens. Quando adulto, o felino pode pesar até 40 Kg.
terça-feira, 5 de novembro de 2019
Homem que manteve filhote de leoa na garagem é condenado na França
O homem que mantinha um filhote de leão no escritório de uma garagem em Marselha, no sul da França, foi condenado nesta segunda-feira (4) a um ano de prisão, com suspensão condicional da pena. Ele também terá que pagar uma multa de € 7.000.
O felino foi descoberto em outubro de 2018 pela polícia aduaneira em péssimo estado de saúde, dentro de uma caixa. O filhote, de apenas três semanas, estava praticamente sem pelos e com o abdômen inchado, provavelmente por conta de uma alimentação inadequada. A informação foi divulgada pela rádio francesa France Info.
O homem que mantinha o animal não tinha nenhuma autorização para mantê-lo em cativeiro e tem antecedentes criminais de roubo e violência. Em seu depoimento, ele contou que achou o animal no porão de um prédio de um bairro pobre da cidade e o recolheu. O objetivo, garante, era entregá-lo a um profissional. “Ele queria salvá-lo e está arrependido”, disse seu advogado, Frédéric Coffano, à rádio francesa.
A leoa foi batizada de Cersei, em homenagem ao personagem da série “Guerra dos Tronos”, a rainha Cersei Lannister, cujo brasão da família trazia o desenho de um leão. Ao ser encontrado ele teve que ser anestesiado pelos veterinários. Ele foi entregue à SPA (Sociedade Protetora dos Animais) e em seguida a uma associação especializada em animais selvagens. Tratado, o filhote foi entregue para um santuário de conservação dos leões na África do Sul.
A advogada da associação de proteção dos animais One Voice, Arielle Moreau, lembrou que a detenção ilícita de animais selvagens alimenta o tráfico e está na origem de muitos casos de maus-tratos. Ela denuncia uma “moda” alimentada por jogadores de futebol, que tiram fotos ao lado de jovens felinos.
Os animais, lembra, muitas vezes, são “alugados” para selfies e outras imagens que serão publicadas nas redes sociais. A associação pretende entrar com um recurso na Justiça, que absolveu o homem do delito de maus-tratos. O caso é raro na França, mas não é único. Em janeiro de 2007, dois filhotes de leão foram encontrados pela polícia aduaneira e entregues ao zoológico de Marselha.
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